Ser Como Ele - Parte 1

Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas (1 Pedro 2:21).

Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou (1 João 2:6).

Esse texto nasceu de pregações que tenho ouvido nas últimas semanas, na verdade tenho feito uma série de plágios, mas eu não poderia falar de algo que não estivesse queimando no meu coração. De qualquer maneira eu tinha uma intenção quando comecei a escrever que era mostrar maneiras práticas de cumprirmos o maior mandamento: "Amar o próximo como a ti mesmo e a Deus acima de todas as coisas" - essa era a principal pregação de Jesus. Mas comecei a pensar por que temos tanta dificuldade com relação ao amor se somos seguidores do Deus que é o próprio amor? Se somos mesmo verdadeiros Cristãos (seguidores de Jesus) por que não seguimos os seus passos? Por que não pisamos sobre suas pisadas? Entendi então que esse assunto talvez não caiba neste post, e que é mais sério do que pensamos.

Tenho visto que a cada dia a perseguição e o ódio aos cristãos tem aumentado, ai você pode me dizer, mas Kamila isso é bíblico, sim, claro que é, inclusive o próprio Jesus foi perseguido e odiado. Mas veja, sempre que as pessoas tinham um encontro pessoal com o amor de Jesus, fosse por seus milagres ou palavras, suas vidas eram transformadas. Fosse temporário ou não o contato dessas pessoas com Jesus de uma maneira ou de outra suas vidas nunca mais seriam a mesma. Conosco tem sido diferente, quanto mais contato as pessoas tem conosco, quanto mais próximo as pessoas chegam desse evangelho errado que temos pregado, mais elas odeiam o Senhor. Fico pensando o quanto temos errado. Pregamos um evangelho de acusação, juízo, julgamento, condenação, ódio e acepção de pessoas. Só que esse nunca foi o evangelho de Cristo. Não revelamos Jesus com nossas atitudes. Se as pessoas não veem Jesus em nós, como elas vão querer seguir a Jesus?

Temos usado textos, fora de contexto, para arrumarmos um pretexto para justificar nossas ações erradas. Condenamos pessoas ao inferno sem no mínimo considerar o quanto nós também somos merecedores do inferno, tanto quanto ou mais do que elas. Temos vivido uma religiosidade muito parecida com a dos fariseus. Guias de cego, hipócritas, como disse o próprio Jesus citado em Mateus 23.13: "Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês fecham o Reino dos céus diante dos homens! Vocês mesmos não entram, nem deixam entrar aqueles que gostariam de fazê-lo. - como podemos, se dizemos que somos seguidores de Cristo, nos tornarmos pedra de tropeço na vida das pessoas.

Erramos porque não conhecemos aquele a quem nós supomos que estamos seguindo. Erramos porque nos julgamos detentores da lei de Deus, julgamos por Ele e achamos que somos bons o suficiente para apontar o erro de outras pessoas. Apontamos o cílio no olho do outro mas não reparamos na trave que está no nosso próprio olho. Não estou dizendo que não devemos confrontar o pecado até porque o próprio Jesus se posicionou diversas vezes contra o pecado, mas Ele nunca deixou de amar o pecador. Quantas vezes temos batido nos nossos próprios irmãos? Quantas vezes temos julgado e condenado os de casa, quanto mais os de fora? Temos classificado pecados e nos baseado em nossa própria "santidade" para subjugar os outros. Fico tentando imaginar o quanto esse ódio que temos espalhado deve entristecer o Senhor.

Eu me incluo em tudo o que falo porque eu não estou perfeita em nenhum assunto, e sempre me coloco no lugar de quem sabe nada ou muito pouco de tudo aquilo que o Senhor tem para nos ensinar. Mas sempre que oro pela igreja de maneira geral (o corpo de Cristo como um todo), o Espirito Santo tem me levado a um choro incontrolável, um clamor mesmo, para que nossos olhos sejam abertos para essas realidades. Quantas pessoas temos afastado do Senhor, quando nosso papel era aproximá-las e mostrar a elas o amor do Senhor, o amor incondicional que não faz acepção, que não condena sem oferecer a salvação.

Pelo visto esse texto não caberá mesmo em um só post. Talvez eu tenha sido um pouco repetitiva até, mas quero que através desse texto possamos nos questionar sob quais pegadas nós temos pisado. Quem estamos de fato seguindo? Que tipo de cristão temos sido? Só falamos ou estamos de fato seguindo os passos do Senhor? Use o tempo que tiver durante essa semana para pensar a respeito, e no próximo post quero escrever sobre as características de Jesus que devem ser vistas em nós como seus seguidores e qual o verdadeiro evangelho que devemos pregar, o evangelho que vai além das nossas palavras que é refletido em nossas atitudes. Porque se andamos como Ele andou, outros vão querer andar conosco.

Até a próxima semana!

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