Sete Igrejas: Primeiro Amor

“Contra você, porém, tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor.” Apocalipse 2.4

Durante as próximas semanas eu quero falar sobre as cartas as sete igrejas escritas no livro de Apocalipse. Essa palavra foi direcionada a Igreja de Éfeso que segundo a Bíblia era uma igreja muito dedicada ao serviço do Senhor, que passava por muitas perseguições e sofrimentos e que não tolerava falsos apóstolos e líderes que iam contra as palavras de Jesus. Até ai uma igreja perfeita, mas havia um problema eles abandonaram o primeiro amor, ou seja, faziam tudo o que faziam por pura religiosidade ou obrigação.

Muitos ministérios e igrejas encontram-se acomodadas pensando que estão fazendo correto e por isso são perfeitas e não precisam mais de amor. Quando deixamos de fazer as coisas com o afinco, com a dedicação do primeiro amor em pouco tempo não estaremos mais satisfeitos com isso, nos enjoaremos de fazer justamente porque fazemos por obrigação, sem a vontade que o primeiro amor nos impulsiona a ter.

Uma pergunta pode vir a sua cabeça como veio a minha: “Mas se a igreja era tão perfeita em tudo que fazia porque Deus exige o primeiro amor?” – porque quando fazemos qualquer coisa sem prazer seja pra Deus ou não, fazemos por fazer e não é isso que Deus quer. Ele quer que trabalhemos por prazer de trabalhar para o seu Reino. Fazer por fazer não trás resultados palpáveis e nem satisfação, quando fazemos a obra de Deus por amor a Ele estaremos satisfeitos por saber que o nome de Deus está sendo glorificado e exaltado através de nós.

Ai você pode me dizer, mas eu amo o Senhor e o que faço na obra dEle mesmo assim me sinto desmotivado as vezes. É exatamente disso que estou falando, é impossível não amar Aquele que nos amou mais que tudo e que nos atraiu com amor eterno (Jo 3.16 e Jr 31.3), que se entregou por nós a fim de que fossemos salvos e que não se importa com o fato se sermos pecadores e não desiste de nós. Mas é totalmente possível se acomodar com aquilo que fazemos pra Ele e com o relacionamento que mantemos co Ele.

Estou falando disso porque muitas e muitas vezes eu passei por isso também. Quando nos convertemos experimentamos de anseio e sede de Deus inigualáveis, mas com o tempo acabamos relaxando. Nosso relacionamento com Deus é exatamente como o relacionamento que temos com nossos amigos ou familiares, é necessário diálogo, confiança, e entrega. Quando participamos de um acampamento da igreja ou um congresso onde experimentamos novamente o prazer de estar com o Senhor e sentimos seu amor queimando em nós, não queremos sair da presença do Senhor nunca mais, mas com a rotina acabamos ocupando o nosso tempo com outras coisas e esquecemos-nos daquele prazer, daquele amor forte.

Precisamos cultivar nosso amor pelo Senhor todos os dias, com intimidade, com conhecimento de Deus e entrega de nosso coração e vida a Ele. Precisamos cultivar o primeiro amor pra que nunca o abandonemos. E assim possamos fazer a obra de Deus com toda afinco e dedicação, com vontade e prazer, com amor. Porque Ele nos amou primeiro e seu amor é tão forte que nos constrange (II Co 5.14a), devemos amá-lo ainda mais por ter nos salvado e resgatado de um mundo de trevas para a sua maravilhosa luz.

Que assim como Deus atraiu Israel ao deserto para ali lembrar seu povo de quanto o ama e do que é capaz por amor (Os 2.14-17), ele possa nos atrair durante essa semana de forma tão forte que não possamos resistir e nos lembre de onde caímos e nos ajude a nos arrependermos e retomarmos o nosso primeiro amor.

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